Freguesia de Tropeço
Tropeço situa-se a nove km da sede do concelho e é uma das 20 freguesias que integram o Município de Arouca. Geograficamente faz fronteira com o concelho de Castelo de Paiva. O seu Orago é Santa Maria ou Santa Marinha Chamou-se outrora freguesia de Oliveira Segundo a documentação estudada e na opinião de doutos etimologistas, a designação de Tropeço tem a ver com Trapete - que é relativo ao azeite e à sua produção.
No lugar de Cela da freguesia de Tropeço existiu uma ermida dedicada a S. João Baptista da qual D. Afonso Henriques com seu filho D. Sancho fez couto cm Março de 1171 ao abade Domingos e seus sucessores. O couto cobria parte das freguesias de Tropeço, Rossas, Chave e Mansores e tinha como limites Fontão, Longo. Corujeira, Faldreu, Zendo, Saril, Chave, Mansores, descendo depois até ao Arda. Determinou o rei que Pedro Gonçalves, então juiz de Arouca, fosse meter os respectivos marcos na companhia do referido abade Domingos.
No lugar de Cela da freguesia de Tropeço existiu uma ermida dedicada a S. João Baptista da qual D. Afonso Henriques com seu filho D. Sancho fez couto cm Março de 1171 ao abade Domingos e seus sucessores. O couto cobria parte das freguesias de Tropeço, Rossas, Chave e Mansores e tinha como limites Fontão, Longo. Corujeira, Faldreu, Zendo, Saril, Chave, Mansores, descendo depois até ao Arda. Determinou o rei que Pedro Gonçalves, então juiz de Arouca, fosse meter os respectivos marcos na companhia do referido abade Domingos.
A ermida e o couto, que aliás não teve longa duração, sofreram diversas vicissitudes. A certa altura surgiram demandas entre o Mosteiro de Paço de Sousa e o Mosteiro de S. Cristóvão de Lafões sobre o padroado da ermida e seu Couto, bem como sobre diversos casais da Ribeira ("Riparia") e um da Lagoa. Para dirimirem a questão, foram nomeados juízes que sentenciaram pertencerem inteiramente a ermida com seu couto e os referidos casais ao mosteiro de Paço de Sousa. Este, por sua vez, comprometeu-se a entregar 400 libras ao Mosteiro de Lafões como indemnização pelas despesas das demandas. Em 4 de Junho de 1297, o bispo de Lamego e o abade de Paço de Sousa celebraram um contrato determinando que o pároco de Tropeço receba o dízimo, tanto dos prédios, como pessoais de três casais da Ribeira. "sitos no lugar de Cela de Arda" com a condição de administrar os sacramentos aos habitantes de Cela e da Ribeira ("Riparia") além de outros encargos. O Mosteiro de Paço de Sousa possuiria perpetuamente "Cela de Arda e todos os direitos assim temporais como espirituais, com excepção da visitação e correcção dos habitantes e dízimos dos casais sobreditos".
Perdura nos habitantes de Cela a tradição de que aqui existira uma igreja. Na sequência da antiga ermida e do culto a S. João Baptista encontra-se hoje a capela de S. João, não muito distante do centro do lugar de Cela.
Perdura nos habitantes de Cela a tradição de que aqui existira uma igreja. Na sequência da antiga ermida e do culto a S. João Baptista encontra-se hoje a capela de S. João, não muito distante do centro do lugar de Cela.